Biografia
Gerson Coutinho da Silva - Goiá - nasceu em Coromandel - MG, em 11 de Janeiro de 1935 na rua Raul
Soares, numa casa que anos depois, ficou conhecida como Casa do Perique; filho de Celso Coutinho da
Silveira e Margarida Rosa de Jesus. O sobrenome Silva foi um erro de cartório, seu sobrenome era para
ser Silveira, teve sete irmãos: Ermiro, João, Geraldo, Osvaldo, Joaquim e Maria, filhos do primeiro
casamento de seu pai, e Nelson Coutinho da Silveira, irmão por parte de pai mãe.
Deste pequeno gostou de falar versos, recitar trovas, e como sempre recebia em troca um cache,
( doce, queijo ou requeijão, etc.), seu entusiasmo cresceu muito, até que um dia, no auge de suas
interpretações, quis dar um colorido especial a uma frase, expressando-a com bastante força, mas, o
que todos ouviram foi um ruido longo e impróprio para a presença dos mais velhos, e com isso
Coromandel perdeu por muito tempo se declamador de quatro anos de idade, pelo a vergonha que
passou! Um dia ganhou do seu pai uma gaita de boca, que foi sua companheira por muitos anos, até que a trocou por um violão de tarrachas, que era o seu grande sonho. Começou a cantar em dupla com vários parceiros, dentre eles, Anterino Coutinho, seu irmão Nelson, Geraldo Telles ( Geraldinho do Vigilato) e quqndo chegava naquelas festas animadas, o pessoal sempre dizia: Chegou o filho do Celso com os seus companheiros.... Ea coisa fervia até o sol nascer.... Foi a época que mais marcou e se tornou responsável, pela saudade impossivel que sentia por sua infância.
Começou a estudar música com o maestro josé Ferreira, formando dupla com o Miguelinho, filho do Miguel Batalhão, cantando pelos arredores de Coromandel; Chapadão, Alegre, Bonito, Mateiro, Santa Rosa, etc...Nas festas de barraquinhas.
Após passar uma temporada em Lagamar, na casa de sua irmã Maria e de seu cunhado, Fulô foram para Patos de minas, onde cantaram por alguns meses no programa do Compadre Formiga, seu querido e amigo, Padre Tomaz Olivieri, mas nunca suportou mais de dois meses fora de Coromandel.
Foi em 1953, com dezoito anos de idade, que o jovem Gerson Coutinho, juntamente com o seu pai, partiu de Coromandel em uma jardineira, com destino a Goiânia, levando na alma o sonho de se ver um dia no cenário da música sertaneja. Em Goiânia, gerson foi apresentado a um senhor de mais idade que ele, por nome de Zé Micuim, o qual revebeu a incumbência do Sr. Celso, de zelar e de apresentar seu filho aos músicos, artistas, programadores e radialistas da Rádio Brasil Central.
Em Goânia, aproximou-se de pessoas ligadas bem de perto com a música sertaneja, fazendo assim grandes amizades, adotando primeiramente ter o nome artístico de Rouxinol, vindo rapidamente a formar o Trio Amizade, com os nomes Zé Micuim, Rouxinou e Goianinho, fazendo programas diários na Rpádio Brasil Central, e dentro de pouco tempo gravaram dois disco 78 RPM, na antiga Gravadora Colúmbia, depois CBS,com os nomes: Trio da Amizade, Goiá Goianinho e Zé Micuim. É importante lembrar que eles foram os primeiros do Estado de Goiás a gravar discos em São Paulo.
Não podemos deixar de comentar aqui, sobre a origem do nome GOIÀ que segundo ele, seu nome ficaria sendo quma homenagem-agradecimento ao querido Estado de Goiás onde fez grandes amigos, como: Waldomiro ( o do Bazer Paujlistinha ) e tantos outros apresentadores de rádios da época....
....Depois de alguns anos, escreceu sobre o dia que saiu de Coromandel.
Jardineira do Adeus, ou Adeus mâezinha ( Goiá e Sebastião Aurélio )
Por diversar vezes, quando sozinho, Goiá ouvia nitidamente obarulho da chuva na telha de barro comum do seu quarto de infância, enquanto o cheiro de terra molhada penetrava por toda a casa, e assim carregava consigo a certeza de que rra preciso refazer tudo isso outra vez, porque o homem sem a lembrança viva de sua terra, seus amigos, é um condenado a viver em terra estranha e não mais saber quem é ele mesmo. Mas para visitar seu povo e sua terra. Goiá queria passar primeiro por São Paulo; queria concretizar de vez aquilo que sabia fazer: cantar e compor.
Dizia... È da solidão e de saudade que minha inspiração se nutre, mas qual é amedida correta para avaliar o sucesso@. Então telegrafou para o Sinval Pereira e aí só faltava o bilhete de despedida que veio sair nestes ternos.
Saudade de minha terra ( Goiá e Bemonte )
De que me adianta viver na cidade,
se a felicidade não me acompanhar @
Adeus paulistinha , do meu coração,
Lá pro meu sertão eu quero voltar,
Ver a madrugada, quando a passarada,
Fazendo alvorada, começa a cantar,
Com satisfação, arreio o burrão,
Cortando estradão, saio a galopar,
E vou escutando o gado Berrado,
Sabiá cantando no jequitibá.
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