Saudades do Goiá
Lázaro Carneiro
Cai a tarde preguiçosa o sol morno cor de rosa
Do horizonte vem a paz
Minha alma de paulista vive de sonho e conquista
E sempre querendo mais
Ouço uma canção no radio a me dizer que estou errado
Então reflito e volto a traz
É um sucesso eternizado de um poeta consagrado
Filho de minas gerais
A canção fala da vida de amor e glorias vividas
De infância e solidão
Fala de sonho e partidas de uma cidade querida
Fala de amor e traição
Fala ainda de alegria sobre tudo da poesia
Poço verde da ilusão
De onde partiu um dia só levou por companhia
Saudade em seu coração
A canção que estou ouvindo me entristece, é um hino
E os meus olhos se umedecem
Volto o olhar para o poente e o sol já se faz ausente
Até penso numa prece
Que o poeta está distante entre as estrelas brilhante
É mais um astro celeste
Enquanto a sua canção é ouvida com emoção
Pelos fãs que não te esquece...
um abraço-----------lazaro carneiro
VISITA Á COROMANDEL
Lázaro Carneiro
Quando o sol nascente emergiu da noite
Apagando os rastros aquem do horizonte
Pela estrada calma de nome poesia
O clarão surgia exibindoos montes
E assim fui me pondo por entre as montanhas
Buscando as entranhas das furnas de serras
Já nao via mais o clarão das estrelas
Tal qual um mendigo que busca a incerteza
Vi-me num lugar que cheira á natureza
Sentindo beleza e o frescor da terra
A alma ansiosa desse viajante
De forma inquietante buscando alegria
Pairava serena diante da cidade
Onde a eternidade roubou a poesia
Me vi peregrino adentrando á mesquita
Uma força bonita desceu sobre mim
Senti em meu peito de poeta caipira
Um misto de dor e calma que inspira
Percebi que a alma se rasgava em tiras
E que tudo aquilo ainda mao era o fim
Em grande avenida rua e rodovia
Seu nome anuncia a justa homenagem
De forma discreta cheguei na cidade
A hospitalidde me encheu de coragem
Fui ao cimeterio visitar a campa
Aonde descança o artesão das palavras
O cedro frondoso o seu violão
Uns versos rimados de uma linda cançao
Escondi meu pranto e a minha emoção
Ouvindo seus discos com o carro na estrada.
Respingo de poesia
Lázaro Carneiro
Sentado no colo do quarto minguante
as nuvens errantes passeiam ao seu lado
o doce poeta cavalgando a lua
uma estrela flutua sobre um mausoléu
as aves noturnas gorgeiam escondidas
cachoeiras mormuram no rio Parnaiba
respinga poesias em Coromandel
nos campos mineiro o vento assovia
espalhando o dia nos buritizais
nos lados goiano um sol amarelo
faz dourado e belo o berço do menestrel
é mais que lamento é prece e magia
o povo cantando ama e reverencia
respinga poesias em Coromandel
uma arvore esquecida na curva da estrada
ou em linda florada na encosta da serra
por todo o cerrado espalham lembranças
cançoes de esperança ecoam ao leu
nas ruas e praças em todos os lugares
nos radios e em discos sua voz cruza os ares
respinga poesias em coromandel
distante o poeta cantou sua cidade
falou da saudade da infancia vivida
das matas floridas cerrados e lagos
cantou em alto brado sua coromandel
cidade pequena berço de poesia
de onde o poeta partiu certo dia
e hoje respinga poesias do ceu
Lázaro Carneiro (lazarocarneiro@blogspot.com)
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