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Goiá - Músicas C
Goiá - Músicas C

 

 

Caminheiro da Saudade

 

Goiá

 

Andarilho solitário,

Que atrevassa as campinas,

Se vai indo para Minas,

Vou pedir-lh um favo:

Depois de Monte Carmelo,

Já chegando em Abadia,

Num recanto de poesia,

Mora o meu grande amor.

Caminheiro da saudade,

Leve a ela um lencinho,

Que eu guardo com carinho,

Desde a festa dos Mateus;

Diga que é o mesmo lenço,

Feito de seda amarela,

Que enxugou os olhos dela,

No instante do adeus.

 

Diga a ela que a amo,

Que a saudade é tanta, tanta.

Nâo esqueço a casa branca,

Dos verdes canaviais,

Diga que distante dela,

Minha vida não tem graça,

E conforme o tempo passa,

Meu amor aumenta mais.

Finalmente caminheiro,

Diga a minha querida,

Que na luta pela vida,

A vitória alcancei:

Mas jamais tirei da mente,

Sua imagem tão singela,

Que mulher igual a ela,

Neste mundo não achei.

 

 Caminhos de minha infância

 

Goiá

 

Caminhos verdes de minha infância
Vem na memória tão docemente
São 15 anos dessa distância
De minha terra de minha gente
Por mais que eu queira calar no peito
Essa saudade gosto de fel
A mágoa chega e não tem jeito
Porque eu amo Coromandel

 

Lá onde mora ...a alegria
Tao brevemente...quero poder
Banhar os olhos a poesia
Nos horizontes do meu querer
Trilhando a rota de quem não era
As borboletas quero rever
Lá nas campinas de minha terra
No colorido do entardecer

 

Na revoada dos beija-flores
Na quietude de um quintal
Dormir sonhando com os meus amores
À sombra amiga de um bambuzal
Meus companheiros irão comigo
Lá na 'Vendinha do Abacaxi'
Dar um abraço em cada amigo
Da linda terra onde nasci

 

'Terra do queijo e do diamante'
Minha sublime inspiração
Este teu filho vive distante
Mas te conserva no coração
Gente querida muito obrigado
Um grande abraço amigos meus
Eu me despeço emocionado
Até um dia querendo Deus

 

Campos amados de coromandel

 

Goiá - Waldemar de Freitas Assunção 

 

Na melancolia da grande cidade
O que ameniza o meu dissabor
É a doce lembrança da simplicidade
Dos meus conterrânoes aos quais tenho amor
E hoje sentindo o peso da idade
Levando no peito um mundo de dor
Vou perambulando pro sul ou pro norte
Quem sabe chegando à casa da morte
Mas penso que antes mereça a sorte
De ainda rever o meu interior

 

As moças usavam cabelos de tranças
Que hoje em dia não vejo iguais
Os casais de velhos de falas tão mansas
Nas Festas de Reis, em Minas Gerais
Congadas, catiras, trucadas e danças
Na bisa cheirosa dos buritizais
A vida de hoje vai se transformando
As coisas tão lindas que estou recordando
Na noite dos tempos estão se apagando
Daqui a alguns anos não existem mais

 

Eu fui a criança sem vocabulário
Que acreditava em Papai Noel
A deusa que cuida do itinerário
Jogou-me na torre da 'Grande Babel'
E hoje escrevendo da vida o diário
Cantando eu sinto tristeza cruel
Não nego que sou estimado onde moro
Mas um velho sonho à Deus eu imploro
Andar abraçado com quem eu adoro
Nos campos amados de Coromandel

 

Canção do meu regresso

 

Goiá

 

Fiz tantos versos, recordando com carinho,
Um mimoso pedacinho do interior do meu país!
E quanta gente, propagou minha cidade,
O recanto da saudade, onde um dia fui feliz...
Após dez anos, fui rever o berço amado,
Na história do passado, revivi o meu papel,
E hoje escrevo a canção do meu regresso,
Encantado com o progresso, lá no meu Coromandel.

 

Quem admira e entende minha sorte,
Ao cantar de Sul a Norte a "Canção do Meu Adeus",
Entenderá o meu amor aquele povo,
Que voltei a ver de novo pela graça do Bom Deus;
Esse regresso, deu-me um mundo de beleza,
E das trevas da incerteza, novamente vi a luz,
Porque rever minha gente tão querida,
Foi a paz de minha vida, foram bençãos de Jesus.

 

Terra dos Castro, dos Resende e dos Barbosa,
Dos Goulart, dos Pena e Rosa, dos Machado, Cruvinel,
Dayrel, Ferreira, Aguiar, Moraes, Pereira,
Nobre gente hospitaleira, que elevou Coromandel.
Querida terra, dos Calixto e dos Caetano,
Se eu fosse um soberando, de poder descomunal;
Escreveria o seu nome triunfante,
Na estrela mais brilhante do sistema universal.

 

Bendito seja, o voltar do filho ausente,
Ao convívio de uma gente, que lhe dá tanto valor.
Tanta homenagem recebí em minha vida,
Mas nenhuma tão querida, quanta aquela do interior.
Óh garimpeiros, fazendeiros e doutores,
Nós seremos defensores dessa terra tão gentil.
Coromandel, fragmento radioso,
O diamante mais formoso dos garimpos do Brasil.

 

Casinha de práia

 

Goiá

 

Que doce saudade
Meu anjo adorado
Da casa ao lado
Da serra azul

Casinha de praia
Perdida no encanto
De um lindo recanto
Dos mares do sul

Na noite escura
O vento marinho
Presteja baixinho
A nossa união

Meus lábios murmuram
En forma de prece
Você adormece
Em meu coração

E este mais tarde
O mar se enraivece
A casa estremece
Sobre o temporal

Mas tenho nos braços
Você que me adora
Que ruja lá fora
Pior vendaval

Manhã de setembro
De luzes e cores
Orvalho nas flores
Murmurio do mar

Pezinhos descalços
Na praia comprida
Imagem querida
Do meu despertar

Mas hoje na praia
Da minha saudade
A triste verdade
Se apresentou

A onda da inveja
Bateu nio castelo
E um sonho tão belo
Se desmoronou

Adeus companheira
De alma criança
A minha esperança
Perdeu sua cor

Porque do meu trono
Perdi a rainha
Adeus vida minha
Meu único amor

 

 Chapadão

 

Goiá e Sebastião Rocha

 

Chapadão já alquebrado
Cofre de recordação
Do pau-terra recurvado
Pelos ventos do sertão
Chapadão da velha igreja
Eu sou quase um filho teu
Triste aldeia sertaneja
Que o progresso esqueceu

Chapadão da passarada
Revoando em mais de mil
Na mais linda alvorada
Do interior do meu Brasil
Canarinhos, avinhados
Pintassilgos, bem-te-vis
Cantadores muito amados
Das manhãs primaverís

Chapadão se eu pudesse
Florescer-te novamente
Se de novo aí viesse
Conviver a mesma gente
Chapadão da Sônia Guedes
Doce imagem da ilusão
Chapadão do Arquimedes
Pescador de solidão

Hoje vejo o sol poente
Muito além da pradaria
Descambando lentamente
Num aceno de agonia
A canção aqui se encerra
Num contraste assustador
Chapadão de minha terra
Mausoléu de um sonhador

 

Cinquenta mil amores

 

Goiá e Almir

 

Nossa esperança de um futuro já está morta
Vivemos juntos sem sabermos o por que
Ultimamente você já não me suporta
E na verdade estou farto de você.
No comecinho até que nos entendemos
Mas pelo fato de eu ser um moço pobre
Você odeia esse teto em que vivemos
Eu tenho raiva da coberta que nos cobre.



Pode sorrir a todos que lhe fazem festa
Porque eu vejo nessa vidas outras cores
Uma mulher humildezinha e honesta
Vale bem mais do que cinqüenta mil amores.


Eu acho bom que tire agora esse véu
E a verdade seja logo esclarecida
Se por um lado eu não pude dar-lhe o céu
Você trouxe o inferno em minha vida
Se você pensa que a amo, está louca
Pode sumir a hora que você quiser
Fazer comida, arrumar casa,, lavar roupa
Não é ó isso o dever de uma mulher.

 

Coromandel

 

Goiá e Zalo

 

Coromandel, dos meus tempos de criança,
Ai, nunca consegui te esquecer;
Os lindos campos onde canta a seriema,
E o inhambuzinho a piar no entardecer,
Na velha igreja, depois da Ave-Maria,
Ao cair da tarde fria, velhos discos a tocar;
Noites de Reis e a Saudade do Matão,
Meu Deus que recordação, tenho mesmo que chorar.
Me perdoe se falo tanto, nesta querida cidade,
Onde hoje a mocidade, já nem lembra mais de mim.
Mas quem é que não recorda sua aventurosa infância,
Que os anos e a distância, para sempre deram fim.



Monte Carmelo, Patrocínio, Lagamar,
Ai, vivem para sempre na lembrança;
Quanta saudade do meu Rio Paranaíba,
Em sua margens vi nascer a esperança;
Patos de Minas, faz lembrar Padre Tomáz,
Que me deu força e paz que um artista deseja.
Minas Gerais, te envio com emoção,
A mais pura gratidão de minh`alma sertaneja.
Santo Inácio, Santa Clara, Abadia dos Dourados,
São lugares bem lembrados, cada um tem seu papel;
São os sonhos da criança, misto de saudade e dor,
Do poeta sonhador, filho de Coromandel.

 

Canção do meu Adeus

 

Goiá

 

Jamais verei minha terra pequenina
Porque sei que em cada esquina
Só teria desengano
Mas não me esqueço do garimpo dos Coqueiros
E dos velhos companheiros
Dos saudosos nove anos
Me lembro sempre do Josias de Anterino
Agnaldo e Noraldino
Desidério e Rafael
Ai quem me dera se mudasse o meu destino
E voltasse a ser menino
Lá no meu Coromandel



Mas como posso te rever, minha cidade
Se nas ruas da saudade
Meus amores não verei
Se lá no alto, na casinha tão branquinha
Não está minha mãezinha
Pois sem ela já fiquei
E nas novenas de Sant'Anna, padroeira
Já não há o Zé Ferreira
Com a bandinha à tocar
E nesse instante, meu Coromandel querido
Baixo os olhos, comovido
Pra ninguém me ver chorar



Adeus, adeus Macaúba das Vazantes
Douradinho dos diamantes
A saudade é meu tormento
Porque guardar os lindos sonhos de criança
É viver de esperança
Pra morrer de sentimento
Coromandel, dos antigos sonhos meus
A "Canção do meu adeus"
Para ti eu dediquei
São pedacinhos de saudade dos parentes
Das planícies e nascentes
Desta terra que amei